Os golpes na net, lista de email de golpistas, não caia nessa.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

O famoso golpe da loira russa (não caia nessa)

loira russa: ela te pega daqui, te pega de lá
<script async src="//pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js"></script>
<script>
     (adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({
          google_ad_client: "ca-pub-4896859041377751",
          enable_page_level_ads: true
     }); 
</script> que você, que quer uma namorada, ache uma loira linda, com os atributos que fazem um homem feliz, inteligente, formada em algo como engenharia, física ou até música e letras, doutora, que fale bem espanhol ou italiano e que se apaixone por você. Pela web. Possível? Sim. Provável? Não. Pois é mais ou menos esse cenário que vejo acontecer muito por aí. Muitos brasileiros – e não só brasileiros, diga-se de passagem – estão se apaixonando por russas/ucranianas/azerbaijãs e afins pela internet. E a coisa não é bem por aí. Acredito em amor pela internet – bem como em qualquer tipo de amor e fé – mas vi e ouvi muitas histórias absolutamente bizarras, tanto de scam (um tipo de extorsão) ou mesmo o ‘golpe do passaporte’ (uma variável neoliberal do golpe do baú). Por isso, aqui vai o aviso: cuidado redobrado com o quem você conhece pela internet. Como disse, passei a receber mais emails do que imaginaria, depois da criação desse blog. E muitos pedem informações sobre pequenas cidades da Rússia ou Ucrânia, população, se é perigoso, como faz para trabalhar lá, como faz para casar e por aí vai. Aí a gente vai sondando e vê que o motivo é o mesmo: ‘conheci uma pessoa muito especial e me apaixonei’. Aí eu me pergunto: onde estão as finlandesas, as japonesas, as inglesas e as canadenses? Por que sempre se apaixonam por russas(os) pela internet? Então, se você se enquadra nessa situação, desconfie. É esmola demais. Tem enormes chances de se tratar do ‘golpe da loira’. A bela pede grana para visitar seu amado brasileiro (ou gringo em geral). Aí o cego apaixonado envia e… perdeu. Já era. E o golpe foi avisado até pela embaixada do Brasil na Rússia, aqui. Mas há uma outra variável. O sujeito se apaixona e enfia na cabeça que tem que ir para uma vila pequenina, uma cidade perdida no meio do nada, encontrar a tal pessoa. Aí o pobre reúne dinheiro D´us sabe como e parte. Chegando lá, pode até ser que sua amada exista, mas as coisas realmente não vão sair como o planejado. As variações são extorsão, cárcere, exploração e por aí vai. A outra modalidade é o golpe do passaporte. A pessoa amada é um doce até que você casa e garante a ela um documento brasileiro (ou europeu). Aí, a carruagem vira abóbora e você é chutado. No caso, você até tem algum romance, mas com prazo de validade e é sempre pressionado para agilizar a cidadania. Pessoal, o Leste da Europa tem uma cultura muito diferente da nossa. Como aqui, a imensa maioria é de gente finíssima, amigos mesmo. Mas quando se trata de dar golpe, eles têm seus métodos e seus objetivos. Como ainda estão ‘ilhados’ diplomaticamente, todos querem ir para a Europa, EUA ou Brasil. Aliás, lembro que brasileiros também fazem muito isso, casar por interesse com europeus ou americanos. Por isso, cuidado com essas paixonites pela internet. A chance de ser golpe é enorme. Mesmo que haja pequenas variações na história, o objetivo pode ser o mesmo. O assunto é amplamente discutido na web e não faltam milhares de exemplos em muitos países (acompanhe uma das discussões aqui). E perguntar se alguem conhece Natasha Popovich, que mora numa vila do interior da Yakutya, é inútil. Mesmo uma Olga Alexeyevna, que mora na Ulisa Stroitelei, em Moscou, ninguém vai saber quem é. Imagina se alguem conhece a Sandra Regina, que mora em Palmas, Tocantins. Ou a Carla Helena, que mora no Brás, SP? O que peço é: tenham cuidado. Desconfiem. Confiram. Chequem. Ir para a Rússia não é nada fácil (depende de vistos, convites, tem a língua difícil, o clima, as distâncias, os deslocamentos…) e arrumar emprego lá é praticamente impossível (depende de estudos, qualificação, necessidade…). Suporte diplomático é quase nulo e brasileiros lá são escassos. Você estará completamente sozinho. Caso você realmente se apaixone por uma russa/um russo (ou ucranianos, poloneses, bulgaros, romenos, azerbaijães…), uma solução é marcar num país neutro. Combinem de fazer um curso na França, na Inglaterra, Espanha, sei lá. Caso seu amado/amada não tenha recursos, fica difícil. Pense bem antes de arriscar. Se um relacionamento aqui no Brasil é complicado, imagine com alguém que você NÃO conhece, que não fala sua língua e que mora num lugar absolutamente diferente do seu. Infelizmente, hoje em dia, há muito mais malandragem do que romance. PS.: o post está recheado com fotos de algumas das supostas russas que se apaixonaram por estrangeiros pela web. Naturalmente, essas imagens foram roubadas de sites de relacionamento e suas donas são meninas normais. Ou não. Quem vai dizer?

Nenhum comentário:

Postar um comentário